O presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, deixou nesta
quinta-feira (23/11/2023) o cargo, após ter comandando por cinco anos a empresa na qual
estava há 32. Segundo nota oficial, ele vai se aposentar. Antonio Scala,
há 18 anos na Enel, será seu substituto.
Cotugno deixa a empresa 20 dias depois de uma tempestade que
deixou milhares de pessoas sem luz na Grande São Paulo por uma semana. A Enel é
alvo de duas CPIs, uma na Assembleia Legislativa, e uma na Câmara Municipal.
Cotugno chegou a depor na CPI da Alesp. A empresa também é alvo de muitas
críticas no Estado do Rio, onde cerca de cem mil pessoas ficaram sem luz
em São Gonçalo e Niterói.
A Enel afirmou que Cotugno deveria ter saído em outubro, mas
ele ficou mais tempo no cargo até a chegada de um sucessor. Com o temporal do
dia 3 de novembro, ele prorrogou sua permanência no cargo até a situação
melhorar. Ata de reunião confirma que ele pediu a aposentadoria em outubro.
“A saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das
distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de
substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída
para 22 de novembro. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos
necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de
Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma
interina”, diz nota.
Scala entrou na Enel em 2009 como responsável de Gestão de
Risco para Gerenciamento de Energia na Itália. Também atuou como Responsável de
Desenvolvimento Industrial e de Serviços de Energia para o mercado residencial
no País. Em seguida, ocupou a função de chefe de Planejamento e Controle de
Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul. Formado em
Administração de Empresas em 2002 em Roma, Scala atuou como Sócio Júnior na
McKinsey & Company com foco nas áreas de energia, gás e finanças
corporativas.
O Procon de São Paulo multou a concessionária Enel em R$
12,7 milhões pelo não fornecimento de energia após o temporal que atingiu a
capital paulista e a região metropolitana no dia 3 de novembro.
De acordo com o órgão, foi constatado, por diversos meios,
que um grande contingente de consumidores ficou sem energia elétrica por mais
de 48 horas.
A infração tem o valor máximo previsto no Código de Defesa
do Consumidor, que é de R$ 12.793.962,68 e se baseia nas reclamações
registradas tanto na plataforma digital, como nos postos de atendimento
presencial no Poupatempo, Delegacias de Polícia e Procon Móvel, que foi
mobilizado para atender moradores de regiões mais atingidas pela falta de
energia.
A Enel é uma empresa italiana de capital misto. Criada em
1962, a empresa iniciou sua expansão para o exterior no início deste século e,
atualmente, está presente em 30 países ao redor do mundo, incluindo Estados
Unidos, Canadá, Espanha e, claro, Brasil.
No território brasileiro, ela presta serviço em três
estados: Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. Até o último ano, ela também atuava
em Goiás, mas vendeu as operações na região após sucessivas reclamações do
governo local sobre as constantes quedas de energia na área de concessão.
Com informações do g1
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