sábado, 25 de novembro de 2023

Ministros do STF (supremo tribunal federal) indicados por Bolsonaro abrem diálogo com integrantes do governo Lula

Indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros Nunes Marques e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriram canais de diálogo com ministros e outros integrantes do governo Lula.

A avaliação no Supremo é que a aproximação está mais avançada no caso de Nunes Marques. Relator de ações que interessam ao Executivo, como a que trata da privatização da Eletrobras, o primeiro indicado por Bolsonaro tem recebido membros da equipe econômica para tratar do assunto.

Na ação, o governo questiona dispositivos da lei de desestatização da Eletrobras que reduziram o poder de voto da União. O ministro não concedeu a liminar pedida pela Advocacia-Geral da União (AGU), mas adotou o chamado “rito abreviado”, possibilitando a tomada de uma decisão em breve, o que agrada ao Executivo.

Em outro caso que interessa ao Planalto, sobre a mudança na correção do FGTS, Nunes Marques quis ouvir os argumentos do governo para formular o voto, que será apresentado em 9 de novembro. O ministro foi procurado por técnicos da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contra o ajuste que está sendo examinado pela Corte.

Interlocutores do STF também atribuem esse movimento a uma aproximação entre Nunes Marques e o ministro Gilmar Mendes. Ambos já protagonizaram embates, mas o decano do tribunal tem atuado para destravar a relação do colega com os demais e com o entorno de Lula.

Na quinta-feira (26), Nunes Marques não participou do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar o ex-presidente a uma nova condenação que provoque inelegibilidade. O motivo da ausência foi uma viagem para participar de um congresso internacional. Caso o julgamento tivesse terminado, integrantes do tribunal avaliam que ele teria evitado um desgaste com petistas ao votar novamente a favor de Bolsonaro. A sessão se estendeu, contudo, e será retomada na terça, quando o ministro já estará de volta ao país.

Um dos principais interlocutores de ambos os magistrados indicados por Bolsonaro é o advogado-geral da União, Jorge Messias, com quem tratam dos assuntos de interesse do governo. Por serem colegas de carreira, Messias e Mendonça já tinham uma proximidade desde antes do início do mandato de Lula, o que se intensificou nos últimos meses.

Mendonça também tem mantido uma agenda de reuniões com integrantes do Executivo para tratar de casos que estão na Corte, e já recebeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Auxiliares de Mendonça descrevem o seu relacionamento como “institucional” e entendem que essa aproximação com setores do governo é natural em razão das pautas que chegam até o Supremo e demandam decisões dos ministros.

Para representantes do Legislativo e do Executivo, enquanto Nunes Marques — que é católico — demonstra mais traquejo político para se relacionar com quadros de diferentes matizes, o evangélico Mendonça é visto como um personagem mais apegado às bandeiras conservadoras. Em setembro, Mendonça fez um aceno a Lula, que sofre pressões para manter a representatividade feminina na Corte com a aposentadoria de Rosa Weber.

O ministro reforçou que a decisão cabe ao chefe do Executivo. “A presença da mulher é sempre importante, mas temos que respeitar a indicação do presidente”, disse em evento no Rio.

Em contrapartida, os dois ministros seguem fiéis à pauta bolsonarista na área dos costumes, além de outros posicionamentos alinhados à antiga gestão. Bolsonaro, enquanto presidente, chegou a afirmar que tinha ao seu lado “20%” do STF.

Em junho, Nunes Marques votou pela absolvição do ex-presidente na ação que o deixou fora de eleições por oito anos e, ao lado de Mendonça, tem defendido condenações mais amenas para os réus pelos ataques do 8 de Janeiro.

A pedido de Mendonça, o Supremo vai levar para o plenário presencial o julgamento de dois dos cinco acusados que estavam sendo julgados no plenário virtual, quando já havia maioria pela condenação.

Os dois também votaram a favor do marco temporal das terras indígenas, pauta cara aos apoiadores do ex-presidente. Em agosto, coube a Mendonça paralisar com um pedido de vista o julgamento que discute a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Ele autorizou ainda Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, a não comparecer a sessão da CPI do 8 de Janeiro.

Já Nunes Marques suspendeu a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), determinada pela CPI do 8 de Janeiro.

Ambos também votaram contra o recebimento da queixa-crime apresentada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF) contra o ex-parlamentar Major Vitor Hugo (PL-GO), aliado de Bolsonaro, pelo crime de difamação.

Com informações de O Globo


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