Bolsa de valores cai 0,68% e atinge menor nível em cinco meses
O mercado financeiro teve mais um dia de turbulências. Após
abrir com otimismo, o dólar e a bolsa inverteram o movimento após uma
entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as dificuldades em cumprir a meta de zerar o
déficit primário em 2024.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,047, com
alta de R$ 0,034. A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a R$ 4,98 por
volta das 10h30. No entanto, após a entrevista de Haddad, passou a subir, até
encerrar próxima das máximas do dia.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana, que caía
em outubro, voltou a subir no mês, com alta acumulada de 0,4%. Em 2023, a
divisa cai 4,42%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa teve comportamento
semelhante. Após iniciar o dia em alta, o indicador fechou aos 112.532 pontos,
com recuo de 0,68%. No menor nível desde 1º de junho, a bolsa também foi
influenciada pelo cenário externo, com ações de petroleiras caindo porque a
cotação internacional do petróleo caiu, e os investidores decidiram vender
papéis para embolsar os ganhos dos últimos dias.
Quanto ao câmbio, houve um descolamento entre o real e o
mercado externo. Enquanto as principais moedas de países emergentes se
valorizaram perante o dólar, o real se depreciou após a entrevista coletiva de
Haddad, que confirmou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dadas
na última sexta-feira (27), de que o governo dificilmente cumprirá a meta de déficit zero no
próximo ano.
A Agência Brasil está publicando notícias
sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias. A
cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados todos os
dias.
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