quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Padre Kelmon ressurge na cena política, agora como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo nas próximas eleições 2024

O baiano Kelmon Luís da Silva Souza, de 47 anos, se diz ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil

Padre Kelmon, ex-candidato à Presidência da República em 2022, anunciou a intenção de disputar a Prefeitura de São Paulo este ano. Embora ainda filiado ao PTB, partido pelo qual concorreu ao Planalto na eleição presidencial passada, Kelmon ainda não decidiu se entrará na corrida municipal pela mesma sigla. Segundo a equipe do padre, a definição sobre a legenda pela qual ele concorrerá deverá ocorrer até o fim desta semana.

Em paralelo à pré-candidatura recém-anunciada, Kelmon vem se dedicando a atividades relacionadas ao Foro do Brasil, grupo conservador presidido por ele. Nesta terça-feira, por exemplo, a organização está realizando um evento de lançamento em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Nas redes sociais do religioso, até o momento, há menções apenas a esta atuação, sem qualquer referência à pré-candidatura na capital paulista.

Quem é Padre Kelmon

O baiano Kelmon Luís da Silva Souza, de 47 anos, se diz ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, como revelou a coluna de Malu Gaspar nas eleições de 2022. Ainda assim, ele celebra missas e batismos na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso bélico contra a esquerda.

Kelmon foi alçado à cabeça de chapa do PTB em 2022 depois que a candidatura de Roberto Jefferson, então presidente da sigla, foi indeferida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na campanha, o religioso chamou atenção pelas dobradinhas em debates com Jair Bolsonaro (PL), então postulante à reeleição, e pelos ataques contra o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A despeito de suas frágeis credenciais, Kelmon já foi recebido pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Dom Orani Tempesta. Também participou, na condição de religioso, de convocações para atos de cunho golpista no Sete de Setembro de 2021.

A batina, marca registrada do autointitulado sacerdote em eventos públicos, foi a vestimenta escolhida para a foto que apareceu nas urnas em 2022. Ele também se diz admirador de políticos conservadores já mortos, como Levy Fidélix e Enéas Carneiro, e usa seu canal no YouTube para denunciar a “islamização” e a “perseguição” a cristãos no Brasil.

Com informações de O Globo.






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