Presidente da Comissão do Cumpra-se da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Carlos Minc (PSB) usou o plenário da Casa, na segunda-feira (06/11/2023), para fazer um ato de desagravo pela rejeição da Medalha Tiradentes ao Grupo Arco-Íris – ONG LGBTI+ que está completando 30 anos. O deputado aproveitou o encontro que debateu os impactos…
Presidente da Comissão do Cumpra-se da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Carlos Minc (PSB) usou o plenário da
Casa, na segunda-feira (06/11/2023), para fazer um ato de desagravo pela rejeição da
Medalha Tiradentes ao Grupo Arco-Íris – ONG LGBTI+ que está completando 30
anos. O deputado aproveitou o encontro que debateu os impactos da Lei 9.496/21,
que criou o Programa Rio Sem LGBTIfobia, para criticar e lembrar do
episódio.
Em junho, num debate de quase três horas, bolsonaristas,
junto com a bancada religiosa, conseguiram arquivar o projeto de concessão da
comenda da Alerj proposta por Minc. Durante o evento de ontem à noite, o
Arco-Íris acabou recebendo o Prêmio Somos.
“Aqueles que negaram o prêmio ao Arco-íris não vão gostar de
ver a ONG aqui recebendo um outro prêmio. Estampas aqui na Assembleia
Legislativa, na Casa do povo. E não vão nos calar, não vão nos impedir de
desagravar e premiar o grupo. Vão nos criticar por esse evento, sobretudo
quando virem os vídeos de apresentação das drag queens e as falas das
combativas representantes da causa aqui presentes. Vão cair em cima de mim, mas
tenho a casca grossa”, disse Minc, que também é autor da Lei.
A ideia do encontro era justamente para fortalecer as
políticas públicas em prol da diversidade. Não por acaso, o plenário
acabou sendo palco para apresentações de drag queens. Além da Lei que cria o
Programa Estadual de Combate à Violência Contra os LGBTs, o deputado também
enfatizou o pioneirismo do Estado do Rio em proteger o acesso desta comunidade
à cidadania.
“O Rio teve a primeira Lei do Brasil para punir
estabelecimentos que discriminam pessoas com base em sexualidade ou gênero.
Também aprovamos o texto que prevê o aumento das delegacias especializadas,
principalmente no interior”, comentou.
Monica Benício (Psol/RJ), vereadora pelo município do Rio,
compareceu ao evento e discursou sobre sua experiência como militante da causa
lésbica no Estado e as superações dos últimos 20 anos. “Tudo isso só foi
possível porque houve, na história da política do Brasil, pessoas que dedicaram
tempo a essa luta coletiva”, explicou.
Premiação
No lugar da Medalha Tiradentes, o Arco-Íris recebeu o Prêmio
Somos em homenagem aos 30 anos de ativismo. O evento também inaugurou a
exposição “Amor & Luta” com a apresentação do Coral Arco-Íris por Prazer,
que estreou durante a comemoração.
“O desafio atual é produzir iniciativas de caráter
educativo. Devemos desenvolver uma cultura que reconheça os direitos da
legislação que já está aprovada”, completou Cláudio Nascimento, presidente do
grupo.
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