Se tudo se confirmar, o Partido Liberal (PL) deverá ter o
maior número de pré-candidatos entre os deputados da Assembleia Legislativa do
Rio (Alerj) na disputa por prefeituras no estado, somando quatro ao todo. Em
seguida viriam o PT e o Psol, como dois parlamentares cada um.
Tudo ainda pode mudar com as convenções partidárias – a
serem realizadas entre julho e agosto – e que oficializam os nomes dos
partidos. Mas o dado preliminar é que ao menos 17 nomes estão sendo especulados
para concorrer no pleito do dia 06 de outubro.
Mesmo faltando nove meses para a eleição, é nesse período de
recesso que as articulações entre partidos e grupos políticos se intensificam.
Veja agora quais são os possíveis nomes da Alerj que poderão estar presentes
nas eleições municipais.
Anderson Moraes (PL)
Seu nome foi cogitado para as prefeituras de Belford Roxo e
Barra de Piraí, mas por hora o projeto está em suspenso. Entretanto, nos
últimos meses tem sido visto com frequência ao lado de Jair Bolsonaro, e já
anunciou que atenderia um pedido do ex-presidente para concorrer em qualquer
cidade.
Andrezinho Ceciliano (PT)
Apesar de estar em seu primeiro mandato, o filho do atual
secretário especial de Assuntos Federativos do Ministério das Relações
Institucionais do Governo Federal e ex-presidente da Alerj André
Ceciliano, tem seu nome praticamente certo para concorrer em Paracambi, onde o
pai também foi prefeito por duas vezes. Será a aposta do partido para desbancar
o bolsonarimo na região.
Carla Machado (PT)
A ex-prefeita de São João da Barra está numa sinuca de bico.
Eleita deputada pelo PT em 2022, foi convidada pelo presidente da Alerj,
Rodrigo Bacellar (PL), para disputar a eleição em Campos pelo União Brasil,
partido que ele comandará este ano. Como os petistas devem lançar o reitor do
Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães, a deputada teria que
deixar a legenda, que já anunciou que solicitará o seu mandato junto ao TRE por
infidelidade partidária.
Carlinhos BNH (PP)
Outro deputado de primeiro mandato que quer tentar a sorte
nas urnas em 2024. A ideia é que ele dispute a prefeitura de Nova Iguaçu, onde
a aposta do prefeito Rogério Lisboa é o presidente da Câmara de Vereadores,
Duda Reina (PDT) que, por sua vez, ainda não decolou. Uma pesquisa divulgada em
outubro, mostrava BNH em segundo lugar na intenção de votos, perdendo apenas
para Lindbergh Farias (PT), que não concorrerá.
Dani Balbi (PCdoB)
Primeira deputada transexual da história da Alerj, seu nome
foi lançado para disputar a prefeitura do Rio durante uma conferência municipal
do partido no fim do ano passado. Só que a pré-candidatura terá que ser
submetida à federação formada pelo PT, que deve apoiar a reeleição de Eduardo
Paes, e o PV. A atitude foi vista como uma forma de tentar rachar o apoio dos
partidos de esquerda ao atual prefeito, tomando como base a pré-candidatura do
deputado federal Tarcísio Motta pelo Psol.
Dr. Serginho (PL)
Líder do governo na Alerj, concorrerá à prefeitura de Cabo
Frio, talvez sendo uma das candidaturas mais sólidas do partido. Isto porque o
deputado estaria em campanha desde o ano passado. O único problema é a prefeita
Magdala Furtado, que também é PL e assumiu o posto após a morte de José
Bonifácio. Mas tudo indica que tentará a reeleição pelo Republicanos.
Felipinho Ravis (Solidariedade)
Para alguns, sua entrada na disputa em Nova Iguaçu seria
mais uma forma de se capitalizar politicamente. Até porque Ravis foi eleito com
os apoios do deputado federal Dr. Luizinho e do prefeito Rafael Lisboa, que tem
como candidato o vereador Duda Reina (PDT). Porém, o presidente estadual do
Solidariedade, deputado federal Aureo Ribeiro, chegou a falar que a chapa de
Ravis poderia até mesmo ter uma aliança com o PT, repetindo a parceria de
Queimados e Japeri.
Filippe Poubel (PL)
Um dos bolsonaristas mais estridentes da Alerj,
Poubel está cogitado para concorrer em Maricá ou em Campos. Ao longo do
ano, usou inúmeras vezes o plenário para atacar a administração das duas
cidades. Hoje, seu nome estaria mais inclinado para disputar em Campos, onde
apareceria mais bem avaliado segundo pesquisas internas do PL.
Léo Vieira (PL)
Rompido com o grupo do prefeito de São João de Meriti, João
Ferreira Neto, o Dr. João, Vieira disputará a prefeitura da cidade pela segunda
vez. Inicialmente, o candidato do PL seria Valdecy da Saúde, mas no acordo
firmado com a Executiva, entraria no pleito municipal quem conseguisse eleger
um deputado federal. Vieira acabou saindo vitorioso por conta do seu irmão,
Luciano Vieira, que conseguiu a vaga na Câmara dos Deputados.
Luiz Cláudio Ribeiro (PSD)
Ex-secretário de Governo do prefeito Alan Campos da Costa, o
Alan Bombeiro, o deputado vai tentar dar continuidade ao legado do aliado em
Mangaratiba. Em junho do ano passado, ele comprou briga com o deputado Anderson
Moraes quando o mesmo criticou a prefeitura no episódio da fiscalização na casa
do jogador Neymar, no condomínio Porto Belo. Ribeiro não só defendeu a ação da
Secretaria de Meio Ambiente como revelou que o atacante estava fazendo uma obra
sem licença ambiental.
Márcio Canella (União Brasil)
É o candidato do partido em Belford Roxo . O embate com
Matheus Carneiro, sobrinho e aposta do prefeito Waguinho (Republicanos) para
sua sucessão, promete ter fortes emoções. Ex-aliados, Waguinho e Canella vem
travando uma disputa política que foi para além dos limites do município da
Baixada Fluminense. Numa demonstração de forças, vão lançar candidatos a prefeito
e vereador nas 13 cidades da região.
Martha Rocha (PDT)
Primeira mulher a assumir a chefia de Polícia Civil no
estado, a deputada anunciou que será pré-candidata à prefeitura do Rio de
Janeiro durante um discurso no plenário, surpreendendo até mesmo seus
assessores. Martha já disputou a eleição na Capital em 2020, tendo ficado em
terceiro lugar. Ela está em seu terceiro mandato na Alerj
Professor Josemar (Psol)
Está tudo encaminhado para que ele dispute a prefeitura de
São Gonçalo pela segunda vez. A primeira vez foi em 2016, quando a eleição foi
vencida por José Luiz Nanci. A estratégia agora para impedir a reeleição do
bolsonarista Capitão Nelson é se posicionar como uma autêntica candidatura de
esquerda, pois na visão do partido Dimas Gadelha (PT) não representaria esse
legado, uma vez que foi secretário de Saúde nos governos do próprio Nanci e de
Neilton Mulim.
Rodrigo Amorim (PTB)
Assim como Carla Machado, foi outro deputado convidado por
Rodrigo Bacellar para concorrer à eleição municipal pelo União Brasil. O
objetivo é a prefeitura do Rio. O que mais se comenta é que ele seria o
bolsonarista mais bem preparado para enfrentar Eduardo Paes. Seu desembarque do
PTB deve se dar assim que Bacellar ingressar no União, previsto para acontecer
num grande evento em fevereiro. Por outro lado, também existe a possibilidade
de Amorim formar chapa com o deputado federal Alexandre Ramagem, já anunciado
como pré-candidato do PL. Vencer na Capital é uma obsessão da família
Bolsonaro, mas há uma certa resistência entre os liberais em lançar uma chapa
puro-sangue.
Valdecy da Saúde (PL)
Vendo sua chance de disputar a eleição em São João de Meriti
pelo PL reduzir, é mais um que pode entrar na briga pelo Executivo municipal na
futura legenda de Bacellar. O convite para ingressar no União Brasil está na
mesa. A mudança, porém, depende do prefeito Dr. João, que também é do PL e tem
bom trânsito com Jair Bolsonaro. Há quem diga, inclusive, que uma reviravolta
pode ser dada e ele acabe disputando pelo próprio PL. A conferir.
Yuri (Psol)
Aliado do então prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo
(PSB), o deputado Yuri Moura acabou se tornando um crítico da administração do
socialista, principalmente na forma como conduz a discussão sobre o transporte
público na cidade. Ele ainda vem questionando as medidas adotadas para a
recuperação da cidade após a tragédia provocada pelas chuvas de 2022. Para
ampliar esse leque, o Psol busca aliança com o PDT. Em contrapartida, a legenda
apoiaria os pedetistas em Nova Friburgo.
Zeidan (PT)
Com reduto em Maricá, a deputada é a pré-candidata do
partido em Itaboraí. Foi no município que se deu uma das alianças mais
improváveis de 2020: o PL formou chapa tendo o PT como vice. Só que o prefeito
Marcelo Delaroli acabou rompendo com o petista Lourival Casula. A ideia agora é
tentar dar o troco para desbancar o grupo de Delaroli.
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