Carga estava escondida em embarcação italiana que atracou em Vitória
Policiais federais e agentes da Receita Federal
apreenderam, neste domingo (5/11/2023), cerca de 1,5 tonelada de cocaína no Porto de
Vitória (ES). A droga estava escondida em um navio de carga de bandeira
italiana, o Grande Amburgo.
Segundo a Polícia Federal (PF), a apreensão da droga
guardada em 52 fardos é resultado de investigações realizadas em conjunto com
outros países e que já resultou em ações semelhantes nos portos de Santos (SP),
da ilha espanhola de Tenerife e de Hamburgo, na Alemanha.
Segundo o boletim de movimentação divulgado pela
administradora do terminal de Vitória, a Vports, o navio atracou no porto
capixaba às 14h10 deste domingo e, desde então, está “arribado”, ou seja,
forçado a permanecer no porto até ser liberado pela PF, que instaurou inquérito
para apurar o caso.
Ainda de acordo com o boletim da Vports, o Grande Amburgo
pertence à companhia italiana Grimaldi Group e estava sendo operado pela
agência marítima Lachmann e pela operadora portuária Poseidon, ambas
brasileiras,
A Agência Brasil entrou em contato com
representantes da Poseidon e da Lachmann. A primeira informou ser responsável
apenas pela operação de carga e descarga, e que como os agentes federais
abordaram a embarcação antes do início dos trabalhos, seus funcionários não
chegaram a ter acesso ao Grande Amburgo. A Lachmann não se pronunciou sobre o
ocorrido até a publicação desta reportagem.
Europa
Ainda de acordo com a PF, mais de 50 servidores dos dois
órgãos federais participaram da varredura para verificar a informação de que o
navio cargueiro partiria do porto capixaba com destino à Europa levando a bordo
uma grande carga de drogas.
Na ação também foram empregados 14 cães farejadores, duas
embarcações da PF e da PRF usadas no patrulhamento portuário e drones
subaquáticos usados para examinar parte do casco da embarcação. A ação também
contou com apoio da Marinha. Os 52 fardos estavam escondidos em dois pontos
diferentes do navio, acondicionados de forma a ser atirado ao mar assim que o
navio se aproximasse de seu destino final – ainda não informado pela
corporação.
A PF também ainda não sabe em que momento a droga foi
levada a bordo, mas suspeita de que ela foi içada, com a ajuda de pessoal de
dentro do navio. “O modelo dos pacotes de droga indica que eles foram içados de
fora para dentro do navio. A suspeita, portanto, é que houve sim participação
de algum tripulante para colocar e esconder esta droga”, afirmou o
superintendente da PF no Espírito Santo, Eugenio Ricas.
Além de recolher as impressões digitais e os depoimentos
dos 28 tripulantes, os investigadores já recolheram amostras de material
genético e impressões digitais encontradas nos fardos de droga. Até a manhã
desta segunda-feira (6/11/2023), ninguém tinha sido preso, mas segundo o
superintendente da PF, a tripulação do Grande Amburgo deve permanecer retida no
Brasil pelo tempo que as investigações exigirem.
“Pretendemos não liberar a saída dos tripulantes até
termos o resultado da comparação das digitais e [eventualmente] do material
genético. A partir daí, se alguém for identificado, certamente será preso e os
demais vão ter a saída liberada”, disse Ricas a jornalistas.
“Nossas investigações vão buscar apontar quem contribuiu
para que aquela droga fosse colocada no navio; para quem ela seria entregue na
Europa, enfim, para conseguirmos identificar toda a organização criminosa por
trás deste absurdo tráfico de entorpecentes”, assegurou o superintendente.
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