sábado, 6 de janeiro de 2024

Pesquisa mostra que uso de cloroquina na pandemia de Covid causou cerca de 17 mil mortes em seis países, em apenas cinco meses


Um estudo publicado na revista “Biomédicine et Pharmacotherapy” revelou que a cloroquina causou quase 17 mil mortes no mundo durante a primeira onda da Covid-19. A pesquisa, feita por cientistas de Lyon, na França, analisou o uso da droga na França, EUA, Bélgica, Itália, Espanha e Turquia entre março e julho de 2020.

O resultado mostrou que a cloroquina não teve efeito contra o coronavírus Sars-Cov-2 e ainda aumentou o risco de morte. Os EUA foram o país com mais óbitos pela droga: 12.739. O estudo não incluiu dados do Brasil e da Índia, onde a cloroquina foi amplamente recomendada por governos irresponsáveis.

A ideia de que cloroquina, uma substância destina a combater a malária, teve início nos primeiros dias da pandemia, quando o médico microbiologista francês Didier Raoult, da Universidade de Aix Marselha, saiu alardeando que tinha “vencido a Covid” com esse fármaco, um fato desmentido amplamente posteriormente. No Brasil, a tese foi abraçada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Jean-Christophe Lega, professor de clínica médica e especializado em medicina interna no Centro Hospitalar Universitário de Lyon, um dos principais autores do estudo,  disse à Rádio France Internationale (RFI) como  os analistas chegaram ao resultado com números quantitativos.

“O que devemos ter em mente é que esta é uma estimativa aproximada, no sentido de que diz respeito apenas a alguns países durante um curto período de tempo e o número total de mortes é provavelmente muito maior”, começou dizendo Lega.

?“O estudo se concentrou em seis países porque eles desenvolveram um trabalho de modelização sobre dados publicados… Como nós utilizamos quatro parâmetros: o efeito sobre a mortalidade da cloroquina, o número de pacientes hospitalizados pela Covid-19 e depois a taxa de prescrição, este conjunto de dados estava disponível em apenas 6 países”, adicionou ainda o pesquisador.

“Temos dados da farmacovigilância de um lado e também testes e controles randomizados de outro lado, que nos mostram que a cloroquina pode ter uma toxicidade cardíaca. Estes dados já são bem conhecidos, principalmente no uso da droga em casos de doenças autoimunes e para a malária, para o que o remédio é normalmente indicado”, seguiu explicando o francês.

Sobre a sanha em sair prescrevendo cloroquina no início da pandemia, o estudioso reiterou é que é necessária uma postura responsável por parte de médicos e pesquisadores e que isso só poderia ser feito se realmente estudos, ainda que inconclusivos, apontassem nessa direção, o que não foi o caso.

“É preciso manter a razão. Pedir cautela e urgência não é prescrever. Na verdade, a urgência é a realização de estudos com um nível de evidência muito elevado que permitam a implementação de estratégias eficazes e seguras no contexto de uma crise sanitária”, concluiu.

Com informações da Revista Fórum






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