Ibovespa supera limite de pontuação pela terceira vez em uma semana. Dólar cai 0,81% e fecha a R$ 4,86. No mês, moeda americana recuou 7,83%
O Ibovespa fechou em alta de 0,59%, aos 131.850 pontos,
nesta terça-feira (19/12/2023). Com o resultado, o principal índice da Bolsa
brasileira (B3) quebrou pela terceira vez em menos de uma semana seu
recorde histórico de pontuação. Desta vez, o indicador foi impulsionado
pela melhora da classificação da nota de crédito do país, feita
pela agência Standard
& Poors (S&P).
A forte escalada do Ibovespa começou na segunda-feira
(18/12/2023), quando ele chegou a 131.084 pontos. Na semana anterior, na
quinta-feira (14/12/2023), o índice já havia alcançado
130.842, o maior patamar registrado desde 7 junho de 2021, quando atingiu
130.776.
A sequência de recordes do Ibovespa começou a ser
estabelecida com a perspectiva de redução dos juros nos Estados Unidos, depois
da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na
quarta-feira (13/12/2023). A queda da taxa dos EUA favorece o investimento em ativos
de maior risco, como as ações em Bolsa.
Na segunda (18/12/2023), o índice recebeu novo impulso, com a
aprovação da reforma tributária por parte do Congresso. Hoje, por fim, a
S&P elevou a classificação de risco da dívida de longo prazo do Brasil. A
nota de crédito sinaliza aos investidores a capacidade de um país honrar
compromissos financeiros. A cotação brasileira passou de BB- para BB e está
dois níveis abaixo do grau de investimento.
O pregão também foi favorecido pela alta das ações da Vale e da Petrobras, que têm grande peso no Ibovespa. A mineradora avançou 0,89% e a petrolífera, 0,95%. A Braskem registrou a maior alta do dia, com quase 7,15%. A elevação ocorreu depois que o governo afirmou que poderia aumentar a participação da Petrobras na empresa, para facilitar a venda da petroquímica a investidores estrangeiros. As maiores quedas do Ibovespa foram registradas pela Embraer, com redução de 2,74%, Gerdau, com 2,68%, e Petz, com 2,07%.
Dólar
O dólar fechou em baixa de 0,81%, negociado a R$ 4,864,
depois de atingir a mínima de R$ 4,852. Com o resultado, a moeda americana
acumula quedas de 1,46% na semana, 1,03% no mês e 7,83% no ano.
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