sexta-feira, 26 de junho de 2015

"65% DOS LATINOS APROVAM USO MEDICINAL DE MACONHA, DIZ PESQUISA!"

MAIOR PARTE DOS ENTREVISTADOS CONSIDERA O ÁLCOOL E O TABACO MAIS PERIGOSOS DO QUE A MACONHA.

Plantação de maconha (Foto: United States Fish and Wildlife Service)
                      O uso terapêutico da maconha é aprovado por 65,2% dos latino-americanos, indica um estudo divulgado nesta terça-feira (23/06), em Santiago, pelo Observatório Latino-Americano de Políticas sobre Drogas e Opinião (OPDOP). O número representa um avanço de 7,8 pontos percentuais em relação aos 57,4% que apoiavam o uso no ano passado. O aumento da aprovação foi observado especialmente na Colômbia, Chile e Uruguai.
                      A maior parte dos entrevistados considera o álcool e o tabaco mais perigosos do que a maconha. Eles também exigem vias alternativas para regularizar o uso da substância perante as atuais políticas de combate às drogas. Segundo o relatório, 72% dos jovens mexicanos respaldam a regularização do consumo da maconha. Na Colômbia, 43% da população indica que a produção de drogas deveria ser legalizada.
                     Após esses resultados, os analistas do OPDOP perceberam críticas da população às políticas de proibição em alguns países e afirmam que elas aumentaram a violência na região. Além disso, foram incapazes de diminuir o consumo e impactaram negativamente e de forma desproporcional sobre os jovens.
                    "O crescente apoio a uma reforma das políticas de drogas mostra uma maior exigência rumo às alternativas de descriminalização e mercados regulados, que terão de incorporar linhas de trabalho equilibradas que escutem e atendam as reivindicações de uma população cada vez mais crítica e informada."
                      O OPDOP também destaca que 83% dos chilenos afirmam que a disponibilidade de maconha aumentou em relação ao ano anterior. Na Argentina, 87% da população disse que percebeu mais cocaína nas ruas do que em 2014. Na própria Argentina, na Costa Rica e em El Salvador a população considera que a intervenção policial ou militar, e a perseguição contra os consumidores para reduzir o consumo de drogas é totalmente ineficaz.
                      Os números, além disso, indicam que 97% dos bolivianos consideram que o consumo de entorpecentes constitui um problema social. No Uruguai, 68% acham que o uso de drogas deveria ser considerado um direito individual.
                      Para os analistas do OPDOP, existe uma mudança de paradigma entre latino-americanos sobre o assunto — em um momento que a Assembleia Geral da ONU discutirá, em abril de 2016, um novo enfoque de políticas de drogas em nível internacional. O estudo se baseia em uma pesquisa realizada em um total de nove países da região, com entrevistas a 8.952 pessoas, das quais 3.872 têm entre 18 e 35 anos.

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