As prisões ocorreram nos estados de São Paulo, Paraná,
Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia!
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (21/10/2015)
catorze pessoas acusadas de fraudar provas de concursos públicos para ingresso
em várias áreas, principalmente do Judiciário. As prisões ocorreram nos estados
de São Paulo, Paraná, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia, durante a Operação
Afronta. Entre os presos, dez eram candidatos que pagaram valor dez vezes acima
do que iriam receber como salário nos cargos pretendidos.
A PF investigava a ação da organização criminosa há cerca de
quatro meses. Segundo o delegado Victor Rodrigues Alves Ferreira, 50 suspeitos
estão sendo investigados. O líder da organização, que não teve o nome revelado,
continua foragido. De acordo com o delegado, o líder é de Alagoas, mas
transitava entre São Paulo e Rondônia.
Conforme o delegado, o grupo agia há pelo menos quatro anos.
Em caso de condenação, os criminosos poderão pegar pena de quatro anos de
reclusão e ainda ter de responder por formação de quadrilha. Os candidatos
envolvidos serão submetidos a análise de cada caso. Victor Rodrigues Alves
afirmou que há ligação com os organizadores do concurso público ou com os
tribunais.
A descoberta da fraude ocorreu após o Tribunal Regional
Federal da 3ª Região suspeitar da semelhança do texto discursivo da prova de
candidatos da cidade de Sorocaba, que disputaram vagas para os cargos de
analista judiciário e técnico judiciário.
Para garantir a aprovação do candidato, a organização
criminosa inscrevia alguns de seus integrantes com a missão de entrar na sala
de concurso como se fossem fazer a prova. Na verdade, eles só fotografavam as
questões por meio de uma microcâmera.
Uma hora depois de iniciado o teste, eles saiam do local e
enviavam as questões para outros integrantes, que se encarregavam de enviar as
respostas corrigidas aos candidatos. Estes recebiam os dados por meio de pontos
eletrônicos, que, segundo o delegado, precisavam de imãs no momento da
retirada.
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