sábado, 3 de outubro de 2015

"Ansiedade: um transtorno que não tem idade para aparecer!"


andressa 2607
  Cada vez mais temos visto adultos, crianças e adolescentes mencionarem a seguinte frase: “sou muito ansiosa”, mas até que ponto o verbo ser está sendo empregado de forma adequada? Há uma diferença muito importante entre ser e estar, e justamente sobre este “ser ansioso” que estaremos falando em nossa matéria deste domingo.

        É comum o indivíduo, quando exposto a condições novas, que aguçam sua curiosidade, expectativa, medo, dúvida, manifestar estados transitórios de ansiedade. Exemplo: um adolescente um dia antes de uma prova do vestibular, naturalmente irá apresentar sintomas de ansiedade, assim como um adulto que será submetido à uma entrevista de emprego ou uma criança que espera muito por um brinquedo que está a caminho. Essas condições são manifestos orgânicos naturais a determinados sinais do meio externo.
             Porém, quando um indivíduo apresenta preocupação excessiva, expectativa sempre apreensiva de difícil controle, descontrole emocional por medo de situações que não ocorreram, mas que estão em seu pensamento como algo possível, sendo estes fatores contínuos na vida desta pessoa e acrescidos dos sintomas de: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono, certamente este indivíduo encontra-se num quadro clínico de transtorno de ansiedade.
           Dentro deste aspecto, o sujeito acometido por tais sintomas não está simplesmente ansioso por um fator isolado, este é, sempre ansioso. E em quadros patológicos de ansiedade, os sintomas são duradouros, persistentes, e causam sempre mais sofrimento a este indivíduo do que causaria a outro que não sofre do transtorno de ansiedade, como por exemplo, uma possível mudança climática que pode simplesmente preocupar os indivíduos que precisam trabalhar e terão o transito prejudicado, em um indivíduo com ansiedade, só o fato de pensar na possibilidade da chuva, já causa imenso sofrimento, medo, preocupação e às vezes sintomas orgânicos tais como: fadiga, taquicardia, oscilações de pressão, neste individuo ansioso.
           É de extrema importância que pessoas portadores de transtorno de ansiedade sejam diagnosticadas e tratadas precocemente, pois o diagnóstico tardio pode trazer consequências serias à vida destas pessoas. Crianças ansiosas em larga escala apresentam problemas de aprendizagem e variações comportamentais, adolescentes com este problema muitas vezes passam por fases de isolamento e muitos entram em quadros depressivos, assim como adultos.
          Outro sério problema advindo da ansiedade, é o descontrole alimentar, vez que indivíduos com quadros clínicos de ansiedade apresentam compulsão alimentar tendo tal ato como forma de aliviar suas angustias.
           Pelas razões acima descritas o controle da ansiedade é de extrema importância à vida de pessoas de todas as idades, por tais razões este quadro, já tratado como transtorno, possui tratamento direcionado, por meio de medicamentos orientados por médicos especialistas, acompanhamento psicológico comportamental, atividades físicas e fisioterapia direcionada e tratamentos mais modernos dentre os quais o biofeedback, tem alcançado destaque, vez que este é um procedimento não invasivo, sem intervenção medicamentosa e que trabalha na linha terapêutica de controle de frequência e variabilidade cardíaca para que o indivíduo sob condições de stress e ansiedade consiga estabelecer autocontrole de seus pensamentos e ações.

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