O pastor Silas Malafaia,
que se tornou também alvo da militância que pretende tirar o deputado
Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara, escreve na Folha de hoje um artigo sobre o tema.
Encerra o texto com uma conclusão: “PT e Dilma Rousseff estão
sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas próximas
eleições. Por que
tanta pressão para que Marco Feliciano não continue na Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados? Discordar é
um direito, porém não podemos ser contra alguém em tudo só porque não
gostamos dessa pessoa. Eu mesmo tenho
divergências com Feliciano, mas não permito que as diferenças se
sobreponham ao meu senso de justiça e caráter. E, por trás dessa
perseguição que mobilizou a opinião pública e a imprensa, sei que existe
um sórdido jogo político para esconder questões sérias. Toda essa mobilização
[contra Feliciano] tinha um motivo maior: desviar os holofotes do PT. Afinal, enquanto se discutia a posse de Feliciano na CDHM, dois
deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), tornaram-se
membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais
importante comissão da Câmara. No currículo desses
parlamentares do PT constam condenações por corrupção. Mas, a imprensa
se voltou apenas para o caso do deputado que fez declarações infelizes. Independentemente de
concordar ou não com as declarações de Feliciano, não posso esquecer que
ele foi eleito pelo povo e que tem o direito de expressar a sua
opinião, sendo resguardado pelo inciso IV, do artigo 5º da Constituição
Federal. Mais do que isso, a Carta Magna lhe garante o direito à
liberdade religiosa (incisos VI e VIII do mesmo artigo). Pergunto: se a oposição
pode acusar os que discordam deles de homofóbicos e racistas, por que o
povo evangélico não pode chamar essa perseguição de evangelicofobia?
Dentro desse Estado democrático de direito, onde a maioria é cristã, a
democracia só vale para a minoria? O fato é que os ativistas gays e seus
defensores não suportam o debate. Pode-se falar mal do presidente da
República, do Judiciário, dos católicos, dos evangélicos, mas, se
criticarmos a prática homossexual, somos rotulados de homofóbicos. O crime de opinião já
foi extinto de nosso país com o fim da ditadura militar. Diante
dessas manifestações, só podemos chegar a uma conclusão: PT e Dilma
Rousseff estão sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas
próximas eleições.
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