O pastor homofóbico Marco Feliciano (PSC-SP), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, enfrenta protestos cada vez mais significativos que incluíram até um beijo na boca lésbico protagonizado pela atriz Fernanda Montenegro e manifestações de artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Wagner Moura, sem falar na Anistia Internacional.
Mesmo assim, ainda se sente na posição de fazer ameaças à presidente
Dilma Rousseff. Em entrevista ao programa Agora é Tarde, da TV
Bandeirantes, ele cobra apoio do PT para seguir no cargo: "se isso está
acontecendo (o PT apoiando sua renúncia) a presidente Dilma começa a
jogar fora o apoio dos evangélicos, que não é pequeno, para a reeleição
em 2014".
O pastor Feliciano disse ser um "bode expiatório do jogo político", mas exaltou a importância do seu trabalho.
"Ao meu partido, que é pequeno, coube a comissão que sobrou. Caiu no
colo e acharam por bem me indicar. Era uma comissão secundária, quase
inexpressiva, ninguém nunca tinha ouvido falar. Porém, depois da minha
chegada, ela está em destaque nacional. Há brasileiros no corredor da
morte na Indonésia, corintianos presos na Bolívia, índios... Há um
milhão de questões que precisam de mim e eu quero trabalhar", analisou.
Feliciano reforçou suas restrições a temas como pesquisas com
células-tronco e casamento homossexual, mas negou que seja racista ou
homofóbico. "Depois de me lincharem, estão acordando. Não sou racista,
minha mãe é negra e fiz trabalhos na África. Também não sou homofóbico,
isso é uma doença que pode levar a um assassinato. Quem me conhece
sabe", alegou. Se disse ainda vítima de preconceito por sua religião:
"meus pastores não ganham salário. Pensam que todo é pastor é ladrão,
por culpa da mídia. Desde que o mundo é mundo arrecadam dinheiro, Padre
Marcelo pede dinheiro e nunca se falou nada. O problema é preconceito
com evangélico, mas a verdade é que há gente que não presta em todo
lugar."
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e alvo de dezenas de protestos contra suas declarações homofóbicas diz ser "bode expiatório do jogo político" e cobra apoio do PT para permanecer no cargo; caso contrário, "Dilma começa a jogar fora o apoio dos evangélicos, que não é pequeno, para a reeleição em 2014".
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e alvo de dezenas de protestos contra suas declarações homofóbicas diz ser "bode expiatório do jogo político" e cobra apoio do PT para permanecer no cargo; caso contrário, "Dilma começa a jogar fora o apoio dos evangélicos, que não é pequeno, para a reeleição em 2014".
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