segunda-feira, 9 de maio de 2016

"Presidente do Senado mantém a tramitação do impeachment. Informação foi divulgada pelo próprio Renan Calheiros, em pronunciamento no Senado!"

Presidente do Senado mantém a tramitação do impeachment
                       Presidente do Senado mantém sequência ao rito de impeachment de Dilma.


                              Mantido o trâmite do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na tarde de ontem a que  ignora a decisão do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo.
                              Para Renan Calheiros, a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado não procede. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", disse o presidente do Senado.
                              Foi determinado por Renam que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer nesta terça-feira.
                              O presidente interino da Câmara teria acatado pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), anulando ontem as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma, segundo informação da presidência da Câmara.
                              Com a decisão, o processo que havia seguido para o Senado, seria solicitada sua devolução por Renan, bem como determinada nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões contando desde a desta segunda-feira.
                              Ele assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando-a nula.
                             Maranhão considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa.
                             O presidente também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.
                              Considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, Waldir Maranhão votou contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Waldir Maranhão mudou de voto em cima da hora, contrariando a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão. Maranhão também é investigado na Operação Lava Jato.

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