sábado, 26 de dezembro de 2015

"Prefeitura de Campos garante atendimento destinado às vítimas femininas de violência no município. Na Casa Benta Pereira ficam as mulheres que são direcionadas pela Justiça por estarem sob risco iminente de morte!"

Prefeitura de Campos garante atendimento destinado às vítimas femininas de violência no município
           O Creas presta assistência em Campos às vítimas de abuso e exploração sexual, entre outras.

                     Estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ) revelam que a cada hora, cinco mulheres são vítimas de agressão intencional no Estado. De janeiro a outubro deste ano, aproximadamente 38 mil lesões corporais dolosas (com intenção) foram registradas nos boletins das delegacias do Rio de Janeiro e alimentaram os dados, em uma estatística que reforça a intolerância que cresce no país. O número de estupros e tentativas também é alarmante.                      Em Campos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) realiza um trabalho de proteção e apoio às pessoas do sexo feminino vítimas de agressão, minimizando os problemas.
                     Recentemente, mais um ato de conscientização foi realizado com a Campanha do Laço Branco, um dos instrumentos no enfrentamento à violência de gênero. No município campista a iniciativa ocorreu através do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim).
                     Além da SMDHS, existem órgãos ligados à secretaria, como os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), a Casa Benta Pereira e o ônibus do Projeto Violeta, além do reforço importante garantido pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), um pleito antigo de autoridades e movimentos ligados à mulher. “Estamos aguardando agora que o Estado aprove a criação do Centro Especializado de Atendimento da Mulher (Ceam) que, segundo o secretário Thiago Ferrugem, prevê um atendimento ainda maior.

Psicólogo, pedagoga e orientador social:

                         O Creas cuida especificamente de vítimas de abuso e exploração sexual, da violência doméstica, adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de liberdade assistida, de prestação de serviços à comunidade e, também, das famílias inseridas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), entre outros casos de vulnerabilidade social, com supressão de direitos.
                         Na Casa Benta Pereira ficam as mulheres que são direcionadas pela Justiça por estarem sob risco iminente de morte, com necessidade de abrigamento em local especializado de alta complexidade. A casa conta com assistente social, psicólogo, pedagoga e orientador social que trabalham no sentido de garantir um atendimento às mulheres e seus filhos pelo período em que foram atendidas, que normalmente é de quatro meses. “No Estado do Rio de Janeiro existem apenas três casas de acolhimento de mulheres vítimas de violência e Campos é uma delas. Esse trabalho é feito para que a agressão contra as mulheres acabe ou diminua”, ressaltou Thiago Ferrugem.

Medo ainda é empecilho na hora de denunciar:

                                 Mesmo com todo o aparato que garante o apoio para que as mulheres agredidas possam deixar as suas casas, o que se vê na realidade ainda é o medo de muitas delas de fazer a denúncia, que pode salvar suas vidas. “Muitas temem denunciar seus maridos e sofrer represálias no futuro. Elas se recusam até a fazer o registro de ocorrência por razões diversas e têm restrições até mesmo ao atendimento”, informou a diretora de Proteção Social Especial, Ana Alice Ribeiro. Segundo ela, o número de registros, este ano, foi menor que no ano anterior. “Este pode ter sido o reflexo do trabalho que vem sendo realizado”, declarou.
                                  Mas a violência no município ainda é grande, principalmente na área de Guarus, que teria registrado um aumento no número de casos, segundo Rosângela Pereira, gerente de Média Complexidade do Serviço de Proteção Especial. “O índice em Guarus tem sido maior e isso deve ser o reflexo da dependência química”.
                                  Outro instrumento de proteção à mulher foi a Lei Maria da Penha, que teria mostrado aos homens que existe punição real. “A Lei Maria da Penha foi um benefício, que deu coragem às mulheres para que façam as denúncias, pois se sentem mais protegidas”, opinou a gerente de Alta Complexidade do Serviço de Proteção Especial, Rogéria Tavares.
                                  O ônibus do Projeto Violeta, que realiza ações do Juizado Móvel de Violência Doméstica, é outro diferencial que passou a ser utilizado em Campos. Um dos destaques do Projeto Violeta é a celeridade das ações, pois a mulher pode receber da Justiça a medida protetiva em até quatro horas. O projeto é realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ). “O ônibus do Projeto Violeta vem sendo utilizado em Campos para a análise dos problemas e tem alcançado sucesso”, destacou Thiago Ferrugem.


Prefeitura de Campos garante atendimento destinado às vítimas femininas de violência no município

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