segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

"Investigação da PF pode chegar ao Porto do Açu. Empresa que opera em SJB estaria envolvida em escândalo no Nordeste!"

Investigação da PF pode chegar ao Porto do Açu
        A concremat atua no Porto do Açu, empreendimento operado pela empresa Prumo Logística.


                      A empresa Concremat Engenharia, que opera no Porto do Açu, atuando para a Prumo Logística, está envolvida em uma operação deflagrada nesta segunda-feira, pela Polícia Federal (PF) em vários estados. A empresa atua no Açu, na fiscalização de obras de  transporte de pedras e pagamentos em geral desde o ano de 2008.
                      A Concremat, segundo as investigações, estaria envolvida no desvio de aproximadamente R$ 200 milhões nas obras de transposição do Rio São Francisco. Essa empresa foi a maior doadora da campanha do deputado Eduardo Cunha (PMDB), do governador Luiz Fernando Pezão e do PMDB do Rio de Janeiro.
                      Já no Porto do Açu, em São João da Barra, existem denúncias de que a Concremat estaria envolvida com a máfia da pedra. Ela seria a responsável pelas medições e pagamentos, além de responder pela  fiscalização de matérias procedentes de transporte de pedra e pelos pagamentos das empresas Marpem, Braço Forte, Barramix  e Lock Mais, todas  ligadas a políticos de São João da Barra.

Fraudes:

                      As denúncias de fraudes seriam relacionadas à compra, pesagem, medições e pagamentos feitos a empresas que seria de 'fachada' e de políticos da cidade. Em Pernambuco as fraudes são as mesmas, segundo a Polícia Federal. Aliás, a própria Concremat foi a responsável pela fiscalização das obras de mobilidade e de infraestrutura da Copa do Mundo no Brasil.
                      A mesma empresa estaria 'dando as cartas' no gerenciamento dos projetos e obras do projeto olímpico no Rio de Janeiro. A empresa está no epicentro de inúmeras denúncias no fornecimento de pedra para as obras do Parque Olímpico.
                      Suspeita-se que a queda do ex-presidente da Prumo Logística, Eduardo Parente,  esteja relacionada à atuação da Concremat nas obras do Porto do Açu. A própria empresa ostenta em seu contrato social serviços de consultoria ter acesso a aportes financeiros junto ao BNDES. É uma empresa típica em processo de licitação, operando nos mais variados ramos de atividades.

Obras são irrigadas por verbas do BNDES:

                       A obra de transposição do Rio São Francisco e do Porto do Açu tem uma coisa em comum: Gasta-se muito dinheiro do BNDES e não acaba nunca. O atual presidente da Concremat é o Executivo Clóvis Renato Peixoto Primo, que foi ex-diretor da Andrade Gutierrez, empresa envolvida no Petrolão.
                       Clóvis está sendo acusado pela Polícia Federal, no Inquérito Policial nº 1361/2015, que originou a 16ª fase da “Operação Lava-Jato” denominada “Radioatividade”, que culminou com  várias buscas e apreensões e conduções  coercitivas. Ele é acusado de pagar propina ao PMDB, juntamente com o engenheiro Ricardo Ourique Marques, atual presidente da TECHINT.
                        Primo também foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fiscal e outros no processo nº0510926-862015.4.02.5101, em curso na 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que apura fraudes na licitação da Usina de Angra 2.
                        A denúncia já foi recebida e as audiências estão marcadas para acontecer até a próxima amanhã. Esse processo contará com depoimentos de vários delatores da “Operação Lava-Jato”.

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