sábado, 12 de dezembro de 2015

"COI diz que crise política e econômica do país afeta Rio 2016, mas demonstra otimismo!"



                          Autoridades do Comitê Olímpico Internacional (COI) disseram nesta quarta-feira que têm esperanças de que a Olimpíada do ano que vem no Rio de Janeiro não será prejudicada pelo turbilhão político e pela recessão econômica no Brasil, embora os preparativos tenham "inevitavelmente" sido afetados.
                          A Rio 2016 vem sofrendo com atrasos há anos, mas a situação está melhorando, segundo a entidade. 
                          Entretanto, no momento em que os preparativos rumam para a reta final, a presidente Dilma Rousseff se vê diante de um possível processo de impeachment e uma economia em crise

                         "Isso inevitavelmente irá afetar os Jogos", disse o vice-presidente do COI, Craig Reedie, aos repórteres quando indagado se a situação do Brasil terá algum impacto na preparação.
                         "Existem desafios", afirmou ele depois que os organizadores da Rio 2016 entregaram um relatório de progresso ao comitê executivo do COI durante uma reunião.

                          Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou um pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma, deixando mais tenso o clima político no país. 
                          A Polícia Federal, que investiga o escândalo de corrupção da Petrobras, também pretende analisar os contratos de construção da Rio 2016, que chegam a 10 bilhões de dólares.
                          O quadro atual contrasta profundamente com o momento em que o Rio conquistou o direito de sediar a Olimpíada em 2009, quando o país desfrutava de uma bonança econômica.
                          Mas Reedie afirmou que está havendo progresso para finalizar a tempo os preparativos para os primeiros Jogos da América do Sul. "Houve uma grande melhoria da situação nos últimos meses. Isso é boa notícia", comentou.
                          Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), declarou que a situação geral foi apresentada ao COI de maneira transparente.

                        "Não tentamos fugir (dos fatos). O mais importante é que nada afete os atletas e a organização dos Jogos".

                          Os organizadores estão procurando formas de reduzir o orçamento sem comprometer o evento, uma tarefa dura a oito meses da abertura. 

                         "Precisamos ajustar tudo", disse Nuzman. "Mas isso é normal. Todas as cidades (olímpicas) passam por isso. A coisa mais importante é entregar grandes Jogos."

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