Mas mesmo no Brasil há bilionários cujas fortunas deram um salto, catapultadas por uma disparada no preço das ações de suas companhias. Os casos de galope de cotações foram poucos, mas reluzentes: JBS, Klabin, Raia Drogasil, Suzano, Ultrapar e Weg tiveram acentuada engorda do valor de mercado, adensando a fortuna de seus controladores.
Por outro lado, 56 endinheirados sofreram erosão em suas fortunas, enquanto outros 11 bilionários de 2014 evaporaram da lista neste ano, porque a depressão no valor de mercado de suas empresas comprimiu sua fortuna para abaixo dos dez dígitos. O emagrecimento de cotação, radical em vários casos, atingiu principalmente empresas do varejo ou ligadas ao mercado imobiliário — dois dos segmentos mais avariados pela turbulência econômica. Ou ainda companhias que tiveram seus nomes e diretores envolvidos em algum dos escândalos eclodidos neste ano, como a Operação Lava Jato ou Zelotes.
Em compensação, a lista 2015 traz 15 novos bilionários, além de nove novos nomes oriundos de famílias do último ranking que tiveram seus integrantes desmembrados. Ou seja, há 24 pessoas que fazem sua primeira incursão no ranking de FORBES Brasil.
Somado, o patrimônio dos 160 bilionários brasileiros da lista 2015 alcança cerca de R$ 806,66 bilhões, cifra equivalente a 14,66% do PIB brasileiro no último ano. Detalhe: os dez primeiros colocados da lista respondem sozinhos por cerca de 40% do total.
Eike Batista, que já chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo em 2012, com fortuna acima de R$ 30 bilhões, neste ano passou longe, muito longe da lista. A título de curiosidade, se ainda estivesse sendo ranqueado, Eike estaria com um número negativo da ordem de R$ 190 milhões. É uma prova de como fortunas podem ser efêmeras. E de como pode-se perdê-las numa velocidade bem maior do que aquela que se levou para amealhá-las.
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