sexta-feira, 1 de maio de 2015


"Sérgio Reis defende redução da

 maioridade penal para 14 anos!"

           Ainda mais radical que alguns de seus colegas, o cantor sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP) quer defender na Câmara a redução da maioridade penal para 14 anos. Para o agora deputado federal, diminuir de 18 para 16 anos a idade mínima para a responsabilização penal não terá efeitos práticos no combate à violência.
           "Hoje quem tem 14 anos é mais inteligente que a gente. Temos é que complicar a vida dos bandidos. Se existe lei, ela tem que ser cumprida. Os bandidos se aproveitam dos menores e nós temos que proteger esses jovens", disse.
           Uma proposta de emenda constitucional sobre o tema tramita em uma comissão especial da Câmara. A maioria dos integrantes da comissão defende a redução da maioridade penal para 16 anos.
            Para o deputado, a péssima situação do sistema carcerário do país é fruto da falta de investimento do governo federal na manutenção das penitenciárias e na construção de novas cadeias. "Dinheiro tem, mas ninguém sabe para onde vai", disse. Ele defende que o adolescente seja preso em um local onde possa aprender um ofício e ser ressocializado, preferencialmente no campo.
           Questionado sobre o Brasil ser um dos países com a maior população carcerária do mundo, o que poderia ser agravado com a redução da maioridade penal, Sérgio Reis afirmou que não há o que fazer a não ser punir quem comete um crime.
           "Temos muito bandido, tem que ter mais cadeia, sim. Vai colocar aonde? Amarrado no pé das nossas cadeiras aqui no plenário?", disse, e riu: "Aqui já tem bandido também".
            Sobre o trabalho na Câmara dos Deputados, Sérgio Reis disse que tem se surpreendido positivamente com o Congresso e avalia que o nível dos debates é     "muito bom". "É muito trabalho. Quem acha que aqui só tem vagabundo está mal informado. Tenho aprendido muito aqui porque tenho que estudar sobre todos os temas", disse.
              O cantor continua fazendo shows pelo país, mas em ritmo menor. Só aos finais de semana. "Eu já tenho 55 anos de carreira e achei que eu precisava retribuir isso de alguma forma. Por que não poderia pegar quatro anos da minha vida para fazer isso? Tudo o que eu tenho foi o povo que me deu", disse. 

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