sexta-feira, 25 de março de 2016

"Royalties: municípios recebem o menor valor desde 2002!"


                          Com os menores valores dos últimos 14 anos, o repasse dos royalties deste mês será feito nos próximos dias aos municípios produtores de petróleo. As quedas em relação ao mês passado chegam a 29,9% entre as cidades da região, como é o caso de Quissamã. Para Campos serão depositados R$ 19.328.252,33, o que representa uma redução de 24,9% em comparação com fevereiro e de 25,08% em relação a março do ano passado. São João da Barra receberá R$ 5.026.800,09, valor 16,8% menor que o do mês anterior e 12,38% inferior ao repasse de março de 2015.
                         Macaé, que recebe este mês R$ 18.500.131,30, também registra forte queda no repasse. O valor é 24,22% menor que o pago em fevereiro (R$ 24.413.495,71) e 16,14% inferior ao do mesmo mês do ano passado (R$ 22.061.242,48). Para Quissamã serão depositados R$ 2.767.002,13 nos próximos dias. Em fevereiro, o valor do repasse foi de R$ 3.946.631,15 e em março de 2015, R$ 3.448.244,43.

                         A perda era esperada devido ao preço do petróleo atingido em janeiro deste ano. A queda, entretanto, foi menos acentuada para São João da Barra por causa da retomada de produção no Campo Frade, operado pela Chevron, e a constante produção em alta do Campo de Roncador. Eu já havia dito que podia piorar. Sinal amarelo e muita cautela. Tudo pode mudar em questão de horas — destacou o superintendente de Petróleo, Gás, Biocombustíveis e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu.

                         Segundo Wellington, o valor pago este mês para Campos e outros municípios produtores é o menor desde 2002, quando os repasses eram feitos apenas de acordo com a Lei 9478/97, conhecida como “Lei do Petróleo”. “Não achei que iria ver uma crise na indústria do petróleo como esta e nem tão pouco na esfera política e econômica como a que estamos passando no Brasil. Tudo isso está associado e contribuindo para afundar cada vez mais a situação dos municípios, e a previsão é que não temos previsão”, ressaltou o superintendente.

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