Eike Batista foi ouvido pelos integrantes da Comissão
Parlamentar de Inquério do BNDES.
“Não sei por que repetem isso. O BNDES teve prejuízo zero”, disse ontem o empresário Eike Batista – responsável pela instalação do Superporto do Açu, entre São João da Barra e Campos – em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele também que tivesse pagado propina para beneficiar uma de suas empresas.
Eike garantiu que o banco público não teve prejuízos ao
financiar o grupo EBX, que era comandado pelo empresário. Segundo ele, as
empresas dele não tiveram condições diferenciadas nos empréstimos obtidos no
BNDES. “Os empréstimos foram importantes e foram pagos com juros, como todo
mundo paga, tudo lastreado em garantias, até mesmo meus bens pessoais”.
Um desses empreendimentos é o Superporto do Açu, hoje administrado pela Prumo Logística. Em seu depoimento, Eike Batista relatou que o grupo EBX obteve financiamento de R$ 10 bilhões do BNDES, que foram investidos nas empresas MPX, LLX e EMX, sem contar financiamento da empresa de participações acionárias do BNDES (BNDESpar) à MPX.
O empresário afirmou que as empresas dele perderam 90% do valor de mercado após investimento sem sucesso na exploração de petróleo. “Eu arrisquei demais em um negócio altamente arriscado, que é a produção de petróleo. Os campos renderam um terço do esperado, depois que a empresa captou R$ 11 bilhões no exterior”.
Um desses empreendimentos é o Superporto do Açu, hoje administrado pela Prumo Logística. Em seu depoimento, Eike Batista relatou que o grupo EBX obteve financiamento de R$ 10 bilhões do BNDES, que foram investidos nas empresas MPX, LLX e EMX, sem contar financiamento da empresa de participações acionárias do BNDES (BNDESpar) à MPX.
O empresário afirmou que as empresas dele perderam 90% do valor de mercado após investimento sem sucesso na exploração de petróleo. “Eu arrisquei demais em um negócio altamente arriscado, que é a produção de petróleo. Os campos renderam um terço do esperado, depois que a empresa captou R$ 11 bilhões no exterior”.
A questão envolvendo o BNDES e as empresas de Eike vem
ganhando discussão mais forte desde agosto, quando, durante audiência na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do banco, Luciano
Coutinho, informou que os empréstimos do banco às empresas do empresário
somaram cerca de R$ 6 bilhões – de um total de R$ 10,4 bilhões aprovados pela
instituição.
À CPI do BNDES, Coutinho disse que o banco não teve
prejuízos com os empréstimos concedidos ao empresário. Eike enfrenta processos
por crimes contra o mercado financeiro, manipulação do mercado e uso de
informação privilegiada com possível prejuízo aos investidores na venda de
ações da OGX (atualmente OGPar).
EMPRESÁRIO DIZ QUE NÃO PAGOU PROPINA:
Há uma série de denúncias envolvendo Eike Batista. No entanto,
o empresário negou pagamento de propina em troca da contratação de uma das
empresas de seu grupo, o OSX, para a construção de navios-plataforma para a
Petrobras. Em depoimento na Operação Lava Jato, por exemplo, Fernando Soares,
conhecido como Fernando Baiano, disse que pagou R$ 2 milhões a uma nora do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pedido do pecuarista José Carlos
Bumlai.
Baiano disse que representava a OSX junto à Sete Brasil
(empresa contratada pela Petrorbas) e que a propina era referente a este
negócio. Baiano é acusado de ser operador do pagamento de propina para empresas
contratadas pela Petrobras e agentes políticos.
Eike negou ter feito qualquer negócio por intermédio de
Fernando Baiano e ainda ter usado a influência do ex-presidente Lula. Segundo o
empresário, Fernando Baiano o procurou como representante de uma empresa
espanhola interessada em construir navios. “Eu tinha US$ 40 bilhões para
investir. Todo mundo me procurava”, declarou Eike, ressaltando: “Não houve
contrato algum da OSX para a construção de navios-plataforma e não faz parte da
cultura do grupo pagar esse tipo de comissão”.
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