A ex-senadora volta a dizer que a corrupção não é culpa de um partido, mas de um país como um todo.
A presidente Dilma Rousseff enfrenta o pior índice de rejeição que um presidente brasileiro já recebeu por conta dos problemas econômicos que o país enfrenta e pelos casos de corrupção que são investigados pela Polícia Federal ligando grandes nomes do PT e partidos aliados.
Mas para a ex-candidata à Presidência da República Marina Silva, Dilma não deve ser culpada pela corrupção do Brasil.
“Aqui no Brasil está todo mundo muito feliz de dizer que a culpada pela corrupção é a Dilma. Enquanto a culpada pela corrupção for a Dilma, o Lula, o Sarney, o Collor ou Dom Pedro II, vai ter corrupção feia”, disse ela.
Marina Silva reafirma seu discurso de campanha dizendo que a corrupção é um problema de todos os brasileiros e não apenas de um político ou de um partido.
“Quando a corrupção virar um problema nosso, acabaremos com a corrupção ou criaremos instituições para coibi-la (…) Não é sustentável acharmos que a corrupção é o problema de uma pessoa, de um grupo ou de um partido”, disse a ex-candidata derrotada logo no primeiro turno das eleições de 2014.
Ainda segundo Marina Silva o momento atual do país é uma “crise civilizatória” que reúne grandes problemas nas esferas econômica, social, ambiental, política e de valores.
“Eu diria que a gente vive uma crise civilizatória, uma crise onde cinco grandes crises, econômica, social, ambiental, política e de valores, constituem uma única crise, que é uma crise civilizatória. Enfrentar uma crise dessa magnitude não é algo fácil, nós não temos sequer um acervo de experiência que nos possibilite fazer isso”.
A ex-senadora está filiada ao PSB, porém continua com os planos de criar a Rede Solidariedade. Mas enquanto isso não acontece, Marina Silva propõe uma política despolarizada e discursa a respeito de “democratizar a democracia”.
“Eu tenho insistindo muito que a gente está num tempo em que é necessário democratizar a democracia exatamente por entender que ela está vivendo já uma espécie de estagnação. Pelo menos, se considerarmos quais são as estruturas e processos que temos e, em muitos casos, a visão de que isso leva à polarização e acaba que a gente não consegue entrar no que de fato está dentro da nossa região, do nosso país”.
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