O
YouTube anunciou na quinta-feira (9/5) que não vai mais ser totalmente
gratuito. Os donos dos canais e vídeos agora vão poder cobrar dos
internautas uma assinatura mensal, a partir de R$ 3,99. É parte de um
plano de “monetização”, segundo o Google, dono da plataforma, e que pode
acabar rendendo muito dinheiro para os produtores audiovisuais. Basicamente,
o internauta vai ter que pagar uma taxa por mês para poder assistir aos
vídeos de determinado canal. “Todos os canais terão um período gratuito
de 14 dias, e muitos oferecem descontos nas taxas anuais”, explicou o
YouTube em seu blog oficial. E vale para todos os dispositivos: pagando a
taxa uma vez, você pode acessar de smartphone, tablet, computador e TV.
Nas próximas semanas, o YouTube ainda deve, segundo o Google, oferecer novas ferramentas aos produtores. A ideia é tentar fomentar produção de conteúdo inédito, voltado diretamente para a plataforma — já que, desta forma, os autores poderiam ter retorno financeiro pelo produto. R$ 12 MILHÕES.
Mas
será que, na prática, você vai ter que pagar assinatura para curtir um
vídeo de humor ou um clipe musical, por exemplo? Não necessariamente.
Perguntamos aos autores do canal Porta dos Fundos, um dos mais populares
do YouTube brasileiro (atualmente com 3 milhões de inscritos) sobre os
planos de assinatura. E eles não planejavam cobrar, até então. O
Google, ainda não havia entrado em contato
com o Porta dos Fundos sobre a questão. “Esse assunto nunca chegou até a
Porta dos Fundos e estamos bem com o canal da forma que ele está”,
disse Antonio Tabet, que está por trás do canal e também do site de
humor Kibeloco. Por enquanto, estamos muito bem disponibilizando nossos vídeos
gratuitamente. Nós não estamos precisando de mudança alguma. Se o
YouTube, que é um ótimo parceiro, propuser algo, avaliaremos sempre
privilegiando nosso conteúdo e o internauta. Simples assim. Se
conta com 3 milhões de assinantes, o Porta dos Fundos poderia
(hipoteticamente) cobrar R$ 4 de cada um e, de quebra, faturar R$ 12
milhões por mês. O Google ainda não especificou se vai reter parte do
dinheiro da assinatura para si — até agora. No
entanto, Tabet não apostava que a cobrança vá se tornar algo
obrigatório. “Não é do feitio do Google. Muito pelo contrário”, disse. E
não deve mesmo. O plano deve começar em cerca de 50 canais, entre eles
um do UFC, por exemplo.
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