quinta-feira, 21 de abril de 2016

"Audiência cria clima tenso em São João da Barra. Processo pode colocar em risco pretensas candidaturas locais????????"

Audiência cria clima tenso em São João da Barra
PREFEITO Neco, ex-prefeita Carla Machado e o vice-prefeito, Alexandre Rosa, são réus no processo.

                           Faltando menos de um mês para a retomada da audiência da Operação Machadada, o clima no município de São João da Barra (SJB) é de apreensão e indecisões, com a possibilidade do caso ter novos desdobramentos que podem colocar em risco pretensas candidaturas às eleições de outubro deste ano. A audiência está marcada para o dia 20 de maio de 2016, às 14h, quando serão ouvidas 21 testemunhas.
                           A Operação Machadada, deflagrada em outubro de 2012 - às vésperas das eleições daquele ano -, em SJB, pela Polícia Federal (PF), originou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE 404-83) proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e apura possível formação de quadrilha e compra de votos no pleito. Na última semana, o juiz Eron Simas dos Santos, da 37ª Zona Eleitoral de SJB, decidiu incluir no processo as gravações em áudio e vídeo com conversas entre a então prefeita Carla Machado (PP) e o então candidato a vice- -prefeito, Alexandre Rosa (PMDB), que revelam parte do “esquema” supostamente arquitetado por Carla para além da compra de votos, propriamente dita, a “compra do apoio” de candidatos da oposição, para que passassem a apoiar o então candidato a prefeito, José Amaro Martins, o Neco (PMDB), em troca de dinheiro e benesses no futuro governo.
                               A “Machadada” foi realizada em outubro de 2012 pelo então delegado da Polícia Federal (PF) de Campos, Paulo Cassiano. Durante a operação foram presos em flagrante a então prefeita de SJB, Carla Machado e o então candidato a vice-prefeito Alexandre Rosa, além de recolhidas provas em áudio e vídeo que revelariam conversas entre os dois.
                               Advogados de defesa da ex-prefeita, durante audiência realizada em 2013, alegaram que as gravações eram clandestinas. O juiz Eron Simas decidiu, no entanto, incluir as gravações no processo. As gravações foram entregues à PF por candidatos que teriam sido procurados pelo grupo político de Carla Machado para que deixassem de apoiar o candidato da oposição Betinho Dauaire e passasse a apoiar a candidatura de Neco, atual prefeito de SJB. Carla e Alexandre pagaram fianças de R$ 60 mil e R$ 50 mil, respectivamente, e foram liberados. A ex-prefeita tentou desqualificar o trabalho do delegado, representando contra ele, mas prevaleceu a credibilidade da autoridade federal. O prefeito José Amaro Martins de Souza, o Neco, ex-aliado político de Carla Machado, é também réu no processo, assim como os então vereadores Alex Firme e Elísio Rodrigues e os candidatos não eleitos a vereador Renato Thimó- teo e Alex Valentim. Neco e Carla são prováveis candidatos à prefeitura de SJB nas eleições deste ano

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