quinta-feira, 7 de março de 2013

NADA SE RESOLVE, UMA PERDIÇÃO DE TEMPO TOTAL !

"As pessoas só vão entender quando houver prejuízo, afirmou Rosinha".
"Se for preciso tomar uma atitude drástica, vamos tomar", disse Alair Corrêa.
Priscilla Alves e Heitor Moreirado G1 Norte Fluminense

   Duas manifestações contra a decisão do Congresso Nacional que derrubou os vetos da presidente Dilma à nova Lei dos Royalties movimentaram, o interior do estado do Rio de Janeiro. Nas cidades de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense e em Cabo Frio, na Região dos Lagos, houve protestos.

  Nesta quarta-feira (6), o Congresso Nacional derrubou todos os vetos feitos à Nova Lei dos Royalties pela presidente Dilma Rouseff, que favoreciam os estados produtores de petróleo. Os royalties são pagos como forma de compensação por possíveis danos ambientais causados pela extração.

  Manifestantes carregam faixas contra decisão do Congresso.
  Cerca de 300 pessoas invadiram o saguão de embarque do Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos do Goytacazes, no Norte Fluminense, em protesto à decisão do Congresso sobre a divisão dos royalties do petróleo. Os manifestantes quebraram as portas de vidro que dão acesso à pista onde ficam os helicópteros e se dispersaram pelo campo de pouso das aeronaves, impedindo a chegada e saída de voos. Durante a invasão, houve discussão entre os participantes do protesto e os seguranças do Heliporto e um homem ficou ferido. Segundo os passageiros, dois tiros foram disparados para o alto, mas ainda não se partiram dos seguranças ou se algum dos manifestantes está armado.

  Pessoas invadiram a pista de pouso da Heliporto de
Farol de São Thomé.
  Na frente da entrada do heliporto está um trio elétrico onde os organizadores do protesto se manifestam contra a decisão parlamentar. Os passageiros que chegam ao local são barrados pelos integrantes do protesto.

  A prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho esteve presente no local, em apoio ao movimento. "Após essa decisão do congresso, nós só podemos confiar no Supremo Tribunal Federal, que não vai rasgar as leis. Nós vamos lutar pelos nossos direitos˜, disse a prefeita.

  Segundo Rosinha, o objetivo é prejudicar a produção de petróleo da região para chamar a atenção para a importância do prejuízo que o município pode sofrer. "A gente acha que as pessoas só vão entender a gravidade disso quando começarmos a dar prejuízo. Nós estamos no limite", disse Rosinha.

  Cerca de 1.500 pessoas se reuniram em frente a Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, em uma manifestação contra a rejeição do Congresso pelos vetos de Dilma à nova Lei dos Royalties, que redistribui os tributos pagos pela produção de petróleo. Um trio elétrico foi colocado na Av. Assunção para que políticos discursem opiniões sobre a situação. Prefeitos de São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e Cabo Frio estavam na manifestação.

   Estudantes seguravam cartazes e bexigas pretas. Algumas pessoas estavam com uma faixa preta amarrada em alguma parte do corpo. Tudo para chamar atenção e expressar a revolta pela rejeição dos vetos da presidenta.

  Os municípios e o próprio estado do Rio de Janeiro, que têm a maior produção de petróleo, só neste ano deixaria de receber R$ 3,1 bilhões, segundo levantamento realizado pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
Dilma Rousseff à nova Lei dos Royalties do Petróleo. Vereadores, secretários municipais e o vice-prefeito participam do movimento organizado por autoridades de Campos. A Câmara de SFI divulgou comunicado em que informa o cancelamento da sessão que aconteceria na quinta-feira, em função da participação dos parlamentares sanfranciscanos nas manifestações.
  Apesar de ser injustiçado pelo fato de não receber royalties como cidade produtora de petróleo, São Francisco de Itabapoana perderá receita com a mudança, sobretudo devido ao fato de o município ainda viver a expectativa de um dia tornar-se produtor de petróleo, já que os famigerados Blocos BMC-26 e BMC-27, quando entrarem em operação, poderiam gerar receitas maiores de royalties a SFI.
A mobilização em defesa dos royalties do petróleo, realizada por pessoas que ocuparam os aeroporto de Campos e o heliporto de Farol impediu que em média 680 pessoas embarcassem para as plataformas da Bacia de Campos, na manhã e início da tarde desta quinta-feira (07/03). Cerca de 18 pessoas em cada aeronave.

  Informações extraoficiais dão conta de que 27 voos foram cancelados e 7 realizados no heliporto de Farol, já no aeroporto de Campos, foram 11 voos remarcados e 4 realizados.

   Houve confusão, vidraças e divisórias foram quebradas. Todos os voos foram suspensos. Oito aeronaves ficaram paradas pista de embarque e desembarque e pelo menos 200 manifestantes participam do ato.

  Na chegada dos manifestantes, um segurança chegou a afastar algumas pessoas apontando uma arma e disparou um tiro para cima.

  A prefeita Rosinha Garotinho está no local acompanhando a mobilização popular. Ela disse que a Presidente Dilma Rousseff pode editar uma medida provisória válida por 60 dias e prorrogada por mais 60 dias, mas que até agora não tomou nenhuma decisão.

"A região vai parar, não é só Campos, toda região e até o Espírito Santo. Só para se ter uma ideia do prejuízo para Campos sem os royalties, vou citar alguns exemplos: As bolsas universitárias, todas serão suspensas, as vacinas que hoje são fornecidas pelo município, a Prevenar, a do HPV, a da catapora, todas serão suspensas, todas as obras da cidade são executadas com os recursos dos royalties, as casas populares não poderão ser construídas, a passagem social vai acabar, a coleta de lixo fica comprometida.”, disse a prefeita.


 

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