A inércia administrativa do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que deixou de adotar medidas urgentes, após a tragédia que em janeiro de 2011 soterrou e matou mais de 900 pessoas na Região Serrana Fluminense e feriu outras centenas, a fim de evitar novos acidentes, foi questionada pelo deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), no plenário da Câmara.
O parlamentar ponderou que a tragédia ocorrida, que matou mais de 30 pessoas e feriu dezenas, em Petrópolis, poderia ter sido evitada, caso o Governo do Estado lançasse mão de recursos da ordem de R$ 128 milhões, disponibilizados pelo Governo Federal. No entanto, foi utilizado 1,9% deste valor, que corresponde a R$ 2,2 milhões, gastos com a compra de medicamentos básicos. Em 2011, a previsão era de investimentos da ordem de R$ 209 milhões.
Garotinho argumentou que, caso os recursos do Governo Federal colocados à disposição do Governo do Estrado fossem aplicados na construção de muros de arrimo nas encostas, bem como se fossem construídos conjuntos habitacionais em locais seguros para abrigar as famílias carentes que residem em áreas de risco, certamente que não teriam ocorridas mais mortes nos locais, porque foram demarcados pela Defesa Civil do Estado como impróprias para moradia.
Por conta das chuvas que caíram em janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, que deixaram mais de 900 mortos e centenas de feridos, o Governo Federal liberou R$ 540 milhões para investimento em obras de recuperação dos rios da região.
Na Região Serrana serão 27 quilômetros de rios dragados e 1.620 famílias realocadas até dezembro de 2015. Até o momento, 420 famílias foram retiradas e apenas quatro quilômetros de dragagens e canalizações foram feitas.
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