Executivos da Odebrecht, segundo o jornal, teriam mencionado “duas pessoas próximas ao governador como intermediários dos repasses” de recursos. Eles afirmam, contudo, que não teriam discutido o tema diretamente com o tucano.
Em sua delação, a empreiteira relata repasse, em 2010, de R$ 2 milhões em dinheiro vivo ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. Já em 2014, um dos operadores do caixa dois, segundo a Odebrecht, foi Marcos Monteiro, “político de confiança de Alckmin” e hoje secretário de Planejamento do governo de São Paulo.
Alckmin tem sido associado ao codinome “santo” que aparece nas planilhas de propina da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal. Nas planilhas, constam políticos da região como os prefeitos de Campos, Rosinha Garotinho (PR); de Macaé, Dr. Aluizio (PMDB); e de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino. Também estão na lista o ex-governador Anthony Garotinho (PR), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), entre outros políticos fluminenses.
Procurado pelo jornal, Alckmin disse, por meio de sua assessoria, que “é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas”.
Temer — No caso de Temer, segundo o delator, os R$ 10 milhões foram pagos em dinheiro vivo ao braço direito do presidente, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do peemedebista, José Yunes, seu amigo há 50 anos. Procurado, o Palácio do Planalto afirmou que não vai comentar.
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