A Justiça do Rio determinou, nesta terça-feira (17/08/2021),
a transferência de presídio da ex-deputada federal Flordelis, presa pela morte
do então marido, o pastor Anderson do Carmo.
Flordelis será levada do Instituto Penal Santo Expedito,
onde está desde sexta-feira (13/08/2021), para o Talavera Bruce. Ambas as
unidades ficam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do
Rio.
Uma ordem judicial proíbe o contato entre Flordelis e as
quatro demais rés do processo.
Até esta terça, estavam na Santo Expedito: Flordelis, a neta
Rayane dos Santos Oliveira e Andreia Santos Maia, mulher do ex-PM Siqueira
Costa – acusada de fraudar carta em que filho do casal confessa morte de
pastor.
Juíza nega transferência para Campos
A decisão desta terça foi da juíza Nearis Carvalho Arce,
titular da 3ª Vara Criminal de Niterói – a mesma que determinou a prisão de
Flordelis.
No despacho, a juíza argumenta que, apesar do pedido dos
advogados de acusação para que ela fosse para a Unidade Prisional Nilza da
Silva Santos, em Campos, no Norte Fluminense, a Seap enviou ofício afirmando
que as rés estavam “acauteladas em diferentes galerias, sem qualquer contato
entre si”.
Filha também será transferida
Também estão em Bangu outras duas rés – são 5 mulheres entre
os 11 acusados: Marzy Teixeira da Silva, na Talavera Bruce; e Simone dos Santos
Rodrigues, no Instituto Penal Oscar Stevenson.
A magistrada determinou que Marzy, filha de Flordelis, seja
levada para o Santo Expedito – de onde sairá a ex-deputada – em galeria
separada de qualquer outra ré do processo.
“Diante do número reduzido de unidades prisionais destinadas
a detentas do sexo feminino, aliado ao número de rés presas no presente feito;
cinco, não se faz possível o cumprimento stricto sensu da determinação deste
Juízo quanto à manutenção das denunciadas em unidades prisionais diversas”,
escreve a magistrada.
A juíza explica a negativa do pedido da transferência para
Campos. “Mostra-se inadequada, especialmente em razão da distância desta
comarca em relação àquela.”
A magistrada também reforçou a proibição de qualquer contato
entre os réus do processo.
Flordelis é acusada da ser a mandante do assassinato do
pastor Anderson, morto a tiros em junho de 2019 no portão da casa da família,
em Niterói.
Ela responderá por homicídio triplamente qualificado –
motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da
vítima –, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa
armada. Flordelis nega o crime.
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