Ele tinha sido detido em 2018 na Operação Furna da Onça,
que praticamente recomeçou do zero. 'Novo' deputado já participou da sessão de
terça-feira, em silêncio.
Dois anos e oito meses depois de ter o mandato como deputado
estadual interrompido ao
ser preso, acusado de embolsar R$ 2,8 milhões em propina, Coronel Jairo
está de volta à Assembleia Legislativa (Alerj).
O termo de posse foi publicado na quarta (2/6/21) e ele já
participou da sessão da véspera, em silêncio. A vaga preenchida por Jairo se
abriu na sexta-feira (28/05/2021), quando o deputado Rodrigo
Bacellar assumiu a Secretaria de Governo do governador Cláudio
Castro.
Coronel Jairo — que é pai do vereador Dr. Jairinho,
preso pela morte do enteado Henry Borel —
era o suplente de Bacellar.
O "novo" deputado foi preso em novembro de 2018,
apontado como um dos 10 parlamentares que integravam a quadrilha do
ex-governador Sérgio Cabral (MDB) na Assembleia.
As revelações foram feitas na Operação Furna da Onça, que
praticamente recomeçou do zero após uma decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) já
em 2021.
Em março deste ano, a Segunda Turma STF remeteu o processo
de André Corrêa, um dos réus, à Justiça Eleitoral. Como os processos são
conexos, todos os investigados vão responder
a ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Na ocasião, um dos investigadores do caso se disse
pessimista ao G1 com o desfecho do caso.
"A questão envolvendo a corrupção, tudo aquilo que
submeteu o estado do Rio a um flagelo, a práticas não republicanas, fica em
segundo plano, submetido à burocracia processual que serve a -- nada mais --
senão a promover a impunidade. Tenho pouca expectativa que esse processo chegue
a um final com julgamento de mérito", afirmou o procurador Carlos Aguiar.
O que dizia a denúncia contra Coronel Jairo
Entre 2011 e março de 2014, Coronel Jairo teria recebido
pelo menos R$ 2,8 milhões de vantagens indevidas. O MPF afirma que o montante
pode ser ainda maior, já que a Receita Federal identificou excesso de
movimentação financeira nos dois anos seguintes.
Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, era o assessor de
Cabral responsável pelos pagamentos. Ele diz que ligava para Coronel Jairo
antes de aparecer no escritório com o dinheiro e, no telefone, usava a palavra
"reunião" como senha para a entrega do montante.
A investigação comprovou o pagamento da "mesada"
por meio da quebra de sigilo telefônico, que mostrou diversas ligações de
Coronel Jairo para Serjão, e de uma planilha dos doleiros de Cabral com o
indicativo "Jairo".
O Ministério Público afirma que a função de Coronel Jairo na
Alerj era voltada para a prática de crimes, inclusive indicando nomes para o
Detran que viabilizavam a fraude em provas para obtenção da carteira de
habilitação.
"Jairo moldou sua atividade parlamentar aos objetivos
da organização criminosa e praticou atos funcionais direcionados a esses
interesses", escrevem os procuradores na denúncia.
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