O pior ainda está por vir para o PMDB do Rio de Janeiro. Mesmo em relação a Sérgio Cabral, o estoque de maracutaias praticadas no seu governo não se esgotou, faltam assunto cabeludos, como precatórios, saques em depósitos judiciais não recompostos, fraudes envolvendo seu braço-direito e mais antigo colaborador, Regis Fichtner, o esquema da publicidade, que em parte virá à tona com delação de Renato Pereira, dono da agência Prole, e ainda uma dezena de outras situações abrangendo outras áreas e personagens que ainda não figuraram no noticiário das investigações sobre o maior assalto aos cofres públicos da história do Rio de Janeiro.
Além disso, uma boa parte da corrupção do estado se estendeu à Prefeitura do Rio, na gestão de Eduardo Paes. A prisão de seu secretário de Obras, Alexandre Pinto, que comandou a pasta durante os oito anos em que o peemedebista esteve à frente da prefeitura, pelo que já se sabe das investigações até agora, atingirão de forma mortal o ex-prefeito Eduardo Paes.
Fora isso, é bom lembrar, que o secretário de Saúde da sua gestão, Hans Dohmann foi indicado por Sérgio Côrtes, hoje preso em Benfica, e foi seu companheiro na direção do INTO (Instituto de Traumatologia e Ortopedia), levando para a prefeitura os mesmos esquemas ilícitos que seu “padrinho” implantou no estado na era Cabral / Pezão.
Há também a mal explicada existência de duas contas no Panamá, abertas pela Mossack Fonseca, em nome do pai e da irmã de Eduardo Paes, com depósitos de US$ 8 milhões, sem explicação até hoje da origem do dinheiro.
Há ainda as obras olímpicas, que vão trazer uma enorme dor de cabeça a Paes. Ou o secretário de Obras fez tudo por sua livre e consciente vontade? Já se sabe, por exemplo, que a famosa “taxa de oxigênio”, implantada por Braguinha e Pezão no governo Cabral, era cobrada nas obras da Prefeitura do Rio, no governo Paes.
A delação de Renato Pereira não deixará qualquer dúvida sobre movimentações no exterior, inclusive com a revelação de novas contas, envolvendo Eduardo Paes e Pedro Paulo.
Mas o capítulo mais dramático para o PMDB do Rio é que o cerco em torno de Jorge Picciani está se fechando, muito menos pelo que já se sabe, como o recebimento de vantagens, por exemplo, da Fetranspor e outras artimanhas para lavar dinheiro, transformando-o em vacas, fazendas e empresas, do que aquilo que ainda virá à tona.
Finalmente será revelado nos próximos dias o calcanhar de Aquiles de Picciani. Confesso que eu mesmo fiquei surpreso. A situação é tão incontestável que acho difícil até o ardiloso Picciani esboçar qualquer tentativa de defesa. Usando uma expressão chula é “batom na cueca”.
Pezão é a bola da vez. As investigações sobre seus esquemas estão em ritmo acelerado. Todos os seus operadores já estão devidamente identificados. Quem pegava dinheiro com quem, a quem era entregue, e também é nítido para os investigadores que o esquema de Cabral se estende até agora no governo Pezão, se bem que, com muito menos dinheiro, já que o Estado quebrou.
GRANDES EMPRESAS E PARCEIROS DO GRUPO KÉSSIO JHONIS DE COMUNICAÇÃO:
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