O município de São Francisco de Itabapoana, que atualmente recebe pouco mais de R$ 8 milhões por ano de royalties do petróleo, na categoria de cidade limítrofe, pode passar a ter um repasse anual seis vezes superior, na condição de produtor, com a construção do Terminal Portuário Canaã. O lançamento da obra está previsto para este ano e a entrega, em 2017. De acordo com estimativas da empresa, o empreendimento, quando estiver em funcionamento, proporcionará a criação de mais de quatro mil empregos diretos e indiretos na região, possibilitando mudar a realidade de SFI, o 2º pior Índice de Desenvolvimento Humano entre as cidades do Estado do Rio.
O Terminal será construído na localidade Remanescente Quilombola de Barrinha (BARRINHA). A ideia da instalação de um porto no município surgiu há
cerca de três anos, sendo que no ano passado, o então prefeito de SFI Beto
Azevedo esteve em Brasília reunido com o ministro dos Portos, Leônidas
Cristino.
Desde então, após reviravoltas políticas, uma empresa
privada entrou em negociação com o empresário César Henriques , dono da
Fazenda Canaã, para viabilizar o projeto, já que as terras da propriedade
apresentavam as condições ideais para a instalação do porto.
De acordo com César, vários estudos foram feitos no local.
"Além dos testes de batimetria (medição de profundidade dos oceanos) e
reflexão sísmica, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já realizou um
levantamento sobre o impacto ambiental. Este mês foram 18 perfurações para
verificar as condições do solo marítimo", informou.
Segundo o empresário César, o projeto está em fase de
licenciamento.
César ressaltou que são várias licenças a serem emitidas
para que então possa dar início às negociações de fundos de pensão, contato com
a Petrobras e empresas privadas.
Na opinião do gerente regional da Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Mário Concebida, caso realmente seja
construído, o empreendimento vai levar o município de SFI a uma condição
especial.
Apoio logístico à Bacia de Campos
Com informações da empresa responsável pelo
projeto, o empreendimento visa atender e dar apoio logístico à exploração e
produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos, com possibilidade de alcançar
também as bacias do Espírito Santo e de Santos, em São Paulo. O empreendimento
terá um centro comercial, um condomínio industrial para empresas de suporte e
um Terminal de Uso Privado exclusivo com 900.000 metros quadrados (m2) de
retro-área.
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