Os professores da rede estadual de ensino do
Rio decidiram ontem (22/06/2016), em assembleia, continuar a greve que já dura 110 dias.
A categoria reuniu 1.500 pessoas, que decidiram, por ampla maioria, continuar a
paralisação iniciada no dia 2 de março: apenas 14 profissionais de educação
votaram contra a continuidade do movimento.
A assembleia ocorreu na quadra da Escola de Samba São
Clemente, na Cidade Nova. De lá, os profissionais rumaram para a Praça Mauá,
zona portuária do Rio, onde iniciaram uma passeata pela Avenida Rio Branco, em
direção à Cinelândia, onde terminou o ato.
Na saída dos manifestantes, o Veículo Leve sobre Trilhos
(VLT) foi obrigado a interromper o trajeto pela Rio Branco, devido à
manifestação dos professores, por cerca de 20 minutos, e encerrar o percurso,
entre a zona portuária do Rio e o Aeroporto Santos Dumont, que está em
fase de testes, sem cobrar passagem dos usuários. Nesse período, o VLT está
funcionando entre 10 da manhã e 4 da tarde.
Os profissionais de educação reivindicam reajuste de 30%
para repor as perdas da categoria nos últimos anos. O governador em exercício,
Francisco Dornelles, já afirmou que, devido à crise financeira do Estado, os
profissionais de educação não terão reajuste salarial neste ano.
A Justiça decidiu revogar no último dia 14, a liminar que
impedia o corte do ponto dos professores grevistas no Rio de Janeiro. A decisão
foi tomada um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerar a
greve da categoria abusiva.
A suspensão da liminar foi determinada pelo desembargador
Milton Fernandes de Souza. O magistrado argumentou que o Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação (Sepe) não cumpriu a ordem de manter 70% do total dos
servidores em cada escola e, por isso, o governo pode cortar o ponto dos professores
em greve.
Na segunda-feira (13/06/2016), o presidente do Tribunal de
Justiça, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho declarou a greve abusiva e decidiu
dobrar a multa ao Sindicato caso não seja garantido o mínimo de 70% dos
professores nas escolas.
O magistrado dobrou a multa diária aplicada ao Sepe de R$
50 mil para R$ 100 mil por descumprimento da medida.
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