Os moradores da pacata cidade de São Francisco de Itabapoana, no Norte do estado do Rio de Janeiro estão tendo de lidar com dois inimigos durante a crise do covid-19. O primeiro, é óbvio, o inimigo oculto do vírus que causa estragos em todo o mundo, deixando milhares de mortos por onde passa. E o segundo é a falta de informações por parte do poder público, e até mesmo produção de informações duvidosas, para não dizer ‘fake news’, por quem deveria ter a obrigação de passar os dados oficiais neste momento.

No dia 8 de maio a Prefeitura de SFI empenhou R$ 300 mil para a compra de ‘teste rápido para covid-19’. A fornecedora dos testes é a Distribuidora de Medicamentos Brasil Miracema, que no dia 15 de junho, foi alvo da Operação Exam, que apura irregularidades no fornecimento de insumos e medicamentos durante a pandemia do COVID-19 em Cabo Frio. A Polícia Federal esteve na sede da empresa realizando busca e apreensão de documentos e a investigação segue sob sigilo.

Despacho que solicita busca e apreensão na Distribuidora de Medicamentos Brasil Miracema
Em SFI, alguns detalhes que cercam o contrato chamaram a atenção da nossa equipe. O primeiro é que a Prefeitura não disponibilizou a cópia do contrato celebrado com a empresa no Portal da Transparência, o que fere completamente o princípio da publicidade e a necessidade de transparência na Administração Pública.
A Prefeita Francimara Barbosa Lemos vem anunciando em lives que o município adquiriu três mil testes rápidos e recebeu a doação do governo federal de mais testes que estão sendo disponibilizados para a população. No entanto. entramos em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Francisco de Itabapoana e fomos informados que diferente do que a Prefeitura vem anunciando, não foram 3 mil testes comprados, e sim, 1.500 testes rápidos, com cada um tendo um valor de R$ 200.
Para fins de comparação, o governo Witzel vem sendo investigado por comprar testes rápidos pelo valor de R$ 180. São Francisco de Itabapoana comprou por quase cinco vezes o valor que a fundação de Saúde do Ceará comprou, cerca de R$ 43. Além do conflito de informação, onde a prefeita diz um número e a secretaria de Comunicação diz a metade, os valores são discrepantes, e mesmo assim ainda são bem acima do aceitável.
A Fundação Oswaldo Cruz chegou a comprar o teste PCR, que são mais caros, por R$ 52 a unidade. Valor quase quatro vezes menor do que o foi praticado pela Prefeitura de SFI para testes rápidos.
Prefeita Francimara Barbosa Lemos afirma em live que o município adquiriu 3.000 testes rápidos
NOTA DA PREFEITURA CONTRADIZ A PREFEITA
“Em 8 de maio de 2020, formalizou a compra de 1.500 unidades, pelo valor unitário de R$ 200,00 (duzentos reais), e, desde então, tais kits estão sendo utilizados na testagem dos pacientes com sintomas sugestivos da Covid-19, bem como, na testagem dos profissionais de saúde e de segurança, ainda que assintomáticos”
Em uma mistura de indícios de superfaturamento, produção de ‘fakenews’, ocultação de dados e contratos, além de falta de investimentos, os moradores de SFI vão precisar de mais dias de jejum e oração para superar as irresponsabilidades da atual gestão.
Fonte: https://clickrio.com.br/
São Francisco de Itabapoana, Buena - RJ - vídeo com matéria escrita e postada por LÍVIA DOS SANTOS MINGUTA - LILI
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