Pela primeira vez, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) conseguiu registrar a aparição do Gato-Maracajá (Leopardus wiedii), espécie rara, nativa da Mata Atlântica, na Estação Estadual de Guaxindiba (EEEG), em São Francisco de Itabapoana. O animal já havia sido detectado em armadilhas fotográficas, mas somente na quarta-feira (5/10/22) os guarda-parques conseguiram fotografá-lo.
“O Instituto Estadual do Ambiente atua diariamente para contribuir com a preservação da biodiversidade fluminense, além de estimular e promover o desenvolvimento sustentável do estado. Dessa forma, o Rio de Janeiro mantém o seu legado enquanto vanguarda socioambiental do país e colabora para um futuro ecologicamente viável”, afirma o presidente do Inea, Philipe Campello.
A foto foi feita durante ação de educação ambiental com uma escola da região, dentro da EEEG. Há cinco anos sabe-se da existência do Gato-Maracajá na unidade, devido a uma pesquisa científica realizada pela Universidade Estadual Do Rio de Janeiro (UERJ), que o encontrou após a instalação de câmeras trap em toda a estação. Contudo, o animal nunca havia sido visto pessoalmente até a semana passada, quando começaram a monitorá-lo após um pesquisador o ver andando pela mata.
O Gato-Maracajá é um felino de hábitos noturnos e solitários característico da Mata Atlântica e será incluído no Plano de Manejo de Guaxindiba. “Essa espécie aparece nas florestas com características de deciduidade, ou seja uma estação com chuvas intensas de verão, seguidas por um período de estiagem. É raro de ser visto aqui, mas é daqui e ficamos muito felizes em finalmente podermos registrá-lo”, afirma a gestora da EEEG, Vânia Maria.
Sobre a estação
Administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente e criada em 2002, a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba constitui uma área de aproximadamente 3.260 hectares, dotada de atributos naturais excepcionais, integralmente inserida no município de São Francisco de Itabapoana, em área de baixada litorânea. A unidade de conservação foi criada com o objetivo de proteger a formação florestal do bioma Mata Atlântica, conhecida como Mata de Tabuleiro, situada numa planície costeira, a 25 m acima do nível do mar.
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